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segunda-feira, 31 de março de 2014

Eu tento desvendar o segredo...



Não vou deslindar sobre tudo o que aconteceu
Nem toda frase se abre, às vezes morre no breu
Procuro algo equivalente à sua face no meu dia
Nada é idêntico; no meu quarto a cama é vazia!

Não precisa entender o que eu penso ou falo
Suportei a veracidade sem querer; até o talo!
Eu sei da realidade que um dia tudo termina
Engolir a sua ausência se tornou a minha sina

Amor tão intenso para uma história tão curta
Eu sempre grito o seu nome e você não escuta
Persisto com os meus olhos presos na sua visão
A sua água gelou; porém a minha é combustão!

O meu relógio conquistou ânimo e me desafia
Ostenta as horas que estou sem você todo dia
Tento desvendar o segredo; o quebra cabeça!
Obtenho mais dúvidas por incrível que pareça

Felicito a vida, pois um dia eu pude te conhecer...
Não resisto mais; vem brilhar no meu amanhecer
Sigo no deserto; eu não me esqueço do seu beijo
Sinto que no céu tem estrelas, mas eu não vejo!

Janete Sales Dany
 Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
Licença Creative Commons
O trabalho Eu tento desvendar o segredo... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Filhos do vento



Fé eterna em Santa Sara na estrada
Irmãos reunidos na mesma jornada
Libertos da fealdade da ostentação
Heróis que resistem à discriminação
Oferecem todo respeito à natureza
Sempre irão ao caminho da certeza

sábado, 29 de março de 2014

Não estrague a sua herança



Se você sobe, eu subo; se você desce, eu desço
Ainda estou na interrogação e sigo o seu passo
Nas suas atitudes diárias eu me reconheço

Não tenho como fugir das suas escolhas
Grito! Se você tem o costume de gritar
Amo! Se você segue pela vida a amar

Para me formar mostre sabedoria
Com você eu aprendo a paciência
Não deteriore a minha essência

Lembre-se que você é adulto
Não estrague a sua herança
Eu sou apenas uma criança!


Janete Sales Dany

Poesia Registrada na Biblioteca Nacional

 Licença Creative Commons
O trabalho Não estrague a sua herança de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Liberando a celeridade da imaginação


Eu abro as asas num êxtase sublime e canto o meu hino
Violento a atmosfera com a pressa do falcão peregrino
O voo é tão fugaz que não escuto o estrondar dos sinos
Cortejo o azul do céu e finalizo no oásis do meu destino

No solo uso a sabedoria; vou além do que é esperado
Rasgo o verde da relva com a velocidade do guepardo
Sigo persistente debaixo da tormenta e do sol severo
Não há lonjura que me faça abdicar do que eu quero

quarta-feira, 26 de março de 2014

Quero fazer Amor

Quero fazer amor
Como as abelhas que sugam o néctar da flor
Como o vento que chega parindo o frescor

Quero fazer amor
Como as estrelas que invadem o céu noturno
Como o cenário da Lua encobrindo Saturno

Quero fazer amor
Como o pé d'água que desce sobre a terra árida
Como as ondas que inundam a areia da praia

Quero fazer amor
Como o frio que arrepia a tez
Como o açúcar que abranda a acidez

terça-feira, 25 de março de 2014

A terra da fúria


Entrei num mundo estranho...
E nele enfrentei seres desolados
Organismos destruídos; céu escuro!

Não andavam, se arrastavam!
Presos por sensações parecidas
Não havia mar; não havia amor

Era de manhã e parecia noite...
Escuridão no olhar de cada um
Pisavam num solo de lágrimas!

Persistiam num silencio letal...
Mesmo separados erravam juntos
Unidos por elos que aguçam a desunião

Galhos secos; flores mortas
Atmosfera pesada; falta de ar
Sangue sombrio; troncos prostrados...

Árvores tristes; rios de amargura
Corpos sem alma; aves sem o azul
Pés sem destino; ausência de lucidez

Horizontes perdidos; cegos no paraíso
Surdos que não ouviam o cantar do vento
Decoravam a mariposa com a cor do fim!

Cérebros repletos de vozes nocivas
Morrera o perdão; mataram o encanto!
Seres cobertos de trevas; sem motivação...

Então a noite desceu sobre este mundo
E em cada vulto deu seu beijo profundo
E mais silencio se fez; morreram outra vez!

Senti pânico naquele universo repugnante!
Numa esquina avistei vários corações caídos
Com muito carinho abracei um deles e chorei!

Aquelas pessoas haviam perdido o coração!
Estavam vazias; isentas de qualquer afeição
Desprezavam que só o amor é a salvação!

Então me apossei de uma parte daquele mundo triste
E atingi a solução
e os chamei para o meu universo de paz
Mostrei a saída;
a abertura para uma vida de amor!

Uma pena;
poucos quiseram ir e muitos quiseram ficar...
Acordei e agora não durmo mais;
tenho medo de sonhar!
Eu detesto a terra da fúria;
 ali, jamais irei voltar!

Janete Sales Dany

Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
Licença Creative Commons
O trabalho A terra da fúria de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

domingo, 23 de março de 2014

Alvoreço projetando o arco-íris




Espalho o que há dentro de mim
 Até parece que não cresci ainda!
Faço coisas de uma alvura infinda

Nada copio e tudo transformo
Mil cores cintilam na minha íris
Alvoreço projetando o arco-íris

A data não intimida o meu dia
Vivo sonhando com o amanhã
Já vejo a fruta na flor da maçã

Se chover, eu proporciono o sol!
Se tudo morrer, eu sei renascer!
Se a fé escapulir, eu sei ressarcir!

Fabrico oscilações na atmosfera
No verão eu ofereço a primavera
Engano o destino que me espera

sexta-feira, 21 de março de 2014

O menino palhaço


O MENINO PALHAÇO



Todos os dias o menino palhaço 
fazia palhaçada na praça
E todos os dias no final da apresentação 
subia numa caixa...
E com muita força batia palmas e gritava:
 VIVA!


Na palhaçada de todos os dias, 
tinha dia que ninguém ria!
Mas no final de tudo, na caixa, o menino subia!
E dizia:
-VIVA!


Então, um dia perguntaram 
qual a razão da caixa e das palmas!
Ele respondeu:
-Porque eu mereço, amar a si mesmo não tem preço!
-Minha mãe já morreu...
-Mas sempre me dizia:
-Valorize o que é seu!

Depois de falar estas palavras, 
o menino subiu na caixa e disse:
VIVA!


Louco? Nada disto...
“AMOR PRÓPRIO”
Quando ele batia palmas ele dizia ao mundo:
-Eu existo!

Janete Sales Dany

 Poesia Registrada na Biblioteca Nacional


O trabalho O menino palhaço de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

terça-feira, 18 de março de 2014

Nós somos como um rio...



Uma poça d'água esquecida do outro lado do morro
Sofria uma solidão aguda, não era nada e pedia socorro!
Bem perto dela havia um rio que esbanjava propriedade
Visitado, amado e falado por toda a cidade...

Anos e anos se passaram e a poça d'água chorava e reclamava
O rio ria alto, queria mostrar a vantagem em que se encontrava
O sol sempre chegava querendo roubar a pouca água da coitada
O rio ria mais alto ainda, criava um eco no tempo que se passava

Nada é eterno neste mundo 
e um dia o inevitável aconteceu...
Ventania e chuva, sempre levam 
o que não é meu e o que não é seu!
Depois do dilúvio as águas dispersaram 
e brotaram em outros lugares
A poça d'água se transformou em um rio
 e a água do rio foi pelos ares!

Só que a felizarda ficou quietinha 
e nem festejou; pois se lembrou...
Que o antigo rio contava muita vantagem 
e agora sofre a estiagem
Tem gente que vive assim; rindo alto 
e se vangloriando de besteira!
Somos como um rio...
Um dia repleto de alegria;
 noutro tudo se vai pela corredeira!

Janete Sales Dany

Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
Licença Creative Commons
O trabalho Nós somos como um rio... de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

segunda-feira, 17 de março de 2014

De quem eu falo?


Desprezei e não me arrependi
Nem um sorriso eu lhe ofereci
Passei por cima dele sem pena
Fiz ele se apagar da minha cena
O burro queria voltar para mim
Com muita força, não disse o sim!
O tratei como se fosse um nada
Ficou rogando na minha estrada
Ele será bloqueado para sempre
Nenhum tempo na minha mente
Não abrirei a porta ao me visitar
A mão eu ocultarei se me clamar
Eu o inibirei de qualquer episódio
De quem eu falo? O maldito ódio!

Janete Sales Dany
 Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
Licença Creative Commons
O trabalho De quem eu falo? de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.