Seguidores

terça-feira, 25 de março de 2014

A terra da fúria


Entrei num mundo estranho...
E nele enfrentei seres desolados
Organismos destruídos; céu escuro!

Não andavam, se arrastavam!
Presos por sensações parecidas
Não havia mar; não havia amor

Era de manhã e parecia noite...
Escuridão no olhar de cada um
Pisavam num solo de lágrimas!

Persistiam num silencio letal...
Mesmo separados erravam juntos
Unidos por elos que aguçam a desunião

Galhos secos; flores mortas
Atmosfera pesada; falta de ar
Sangue sombrio; troncos prostrados...

Árvores tristes; rios de amargura
Corpos sem alma; aves sem o azul
Pés sem destino; ausência de lucidez

Horizontes perdidos; cegos no paraíso
Surdos que não ouviam o cantar do vento
Decoravam a mariposa com a cor do fim!

Cérebros repletos de vozes nocivas
Morrera o perdão; mataram o encanto!
Seres cobertos de trevas; sem motivação...

Então a noite desceu sobre este mundo
E em cada vulto deu seu beijo profundo
E mais silencio se fez; morreram outra vez!

Senti pânico naquele universo repugnante!
Numa esquina avistei vários corações caídos
Com muito carinho abracei um deles e chorei!

Aquelas pessoas haviam perdido o coração!
Estavam vazias; isentas de qualquer afeição
Desprezavam que só o amor é a salvação!

Então me apossei de uma parte daquele mundo triste
E atingi a solução
e os chamei para o meu universo de paz
Mostrei a saída;
a abertura para uma vida de amor!

Uma pena;
poucos quiseram ir e muitos quiseram ficar...
Acordei e agora não durmo mais;
tenho medo de sonhar!
Eu detesto a terra da fúria;
 ali, jamais irei voltar!

Janete Sales Dany

Poesia Registrada na Biblioteca Nacional
Licença Creative Commons
O trabalho A terra da fúria de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário