Seguidores

domingo, 31 de dezembro de 2017

Sílabas Poéticas ( escansão) Soneto Alexandrino Alma poeta

 Soneto Alexandrino  Alma Poeta Corrigido

Desperto a alma poeta e estou sempre sonhando...
Vivo longe de mim; sou lances de alegria!
Pensamento sem dono, os versos vão brotando 
Voo de um passarinho, e nasce outra poesia

Escrevo o meu destino e assim vou caminhando
Lampejos em meu verso, intensa fantasia
Também sou tempestade, aos poucos desmanchando!
Um pranto encharca a folha, a minha alma arrepia...

Estou perto e distante; alcanço o sul e o norte
Poeta espelha o mundo e mostra o que é preciso
O meu amor é firme; o meu clamor é forte...

Onda do mar que invade, e inspiração que grita
Faço trova emotiva e assim perco o sorriso
Sinto um lirismo intenso, uma sede infinita!

Janete Sales Dany

Poema@ registrado e imortalizado
na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro 
no livro: Soneto Amor Eterno e outras 


 Métrica ( escansão)
 Soneto Alexandrino Alma poeta 
Corrigido
Des/per/to a al/ma /po/E/ta e es/tou /sem/pre /son/HAN/do...
Vi/vo/ lon/ge/ de /MIM;/ sou /lan/ces/ de a/le/GRI/a!
Pen/sa/men/to/ sem/DO/no, os /ver/sos/ vão /bro/TAN/do 
Vo/o/ de um /pas/sa/RIN/ho, e/ nas/ce ou/tra/ poe/SI/a

Es/cre/vo o /meu /des/TI/no e as/sim/ vou /ca/min/HAN/do
Lam/pe/jos/ em /meu /VER/so, in/ten/sa/ fan/ta/SI/a
Tam/bém/ sou/ tem/pes/TA/de, aos/ pou/cos /des/man/CHAN/do!
Um/ pran/to en/char/ca a/ FO/lha, a / min/ha al/ma ar/re/PIa...

Es/tou/ per/to e/ dis/TAN/te; al/can/ço o /sul/ e o/ NOR/te
Po/e/ta es/pe/lha o/ MUN/do e/ mos/tra o/ que é/ pre/CI/so
O/ meu/ a/mor/ é/ FIR/me; o/ meu/ cla/mor/ é/ FOR/te...

On/da /do/ mar/ que in/VA/de, e ins/pi/ra/ção/ que/ GRI/ta
Fa/ço/ tro/va e/mo/TI/va e as/sim/ per/co o /sor/RI/so
Sin/to um /li/ris/mo in/TEN/so, um/a /se/de in/fi/NI/ta!

Janete Sales Dany

Exemplo de Soneto Alexandrino

Sílabas tônicas que são obrigatórias na 6ª e 12ª sílaba
Sinto um lirismo inTENso, 
uma chama infiNIta! 

14 versos, 4 estrofes
Dois hemistíquios cada um com 6 sílabas:
Onda do mar que inVA"de, 
e ins"piração que GRIta
Neste verso a elisão dos dois hemistíquios
 foi feita com as letras:
de, e ins

Licença Creative Commons
O trabalho Soneto Alexandrino Alma poeta de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Apreciadora de Sonetos , em especial...
os Alexandrinos, 
Pesquisei na literatura 
Tratado de Versificação, 
de Olavo Bilac e  Guimarães Passos.
Com certeza coloquei a referência do site, 
que obtive estas informações
Depois: Um BELO Alexandrino 
de Olavo Bilac : 

De doze sílabas ou alexandrino 
 Este verso compõe-se geralmente de dois versos de seis sílabas; 
porém é indispensável observar que dois simples versos de seis sílabas nem sempre fazem um alexandrino perfeito. 
Quando o primeiro verso de seis sílabas termina por uma palavra grave, a outra deve começar por vogal ou consoante muda, como o h, para que haja a elisão. Esta regra é essencial, e para ela chamamos muito especialmente a atenção dos principiantes.
Este verso alexandrino: "dava-lhe a custo a sombra escassa e pequenina"
, está certo, porque, no ponto de junção dos dois metros reunidos ,a elisão do "a de sombra com o e "de escassa é perfeita. (dava-lhe a custo a SOMbr(a es)cassa e pequeNIna)
Mas se, em vez da palavra escassa houvesse ali a palavra fraca, — o verso assim composto — dava-lhe a custo a sombra fraca e pequenina — seria um alexandrino errado, ou melhor, seria um verso de doze sílabas, formado de dois versos de seis sílabas, mas não seria um alexandrino. 
A lei orgânica do alexandrino pôde ser expressa em dois artigos: Primeiro: quando a ultima palavra do primeiro verso de seis sílabas é grave, a primeira palavra do segundo deve começar per uma vogal ou por um h; 
Segundo: a ultima palavra do primeiro verso nunca pode ser esdrúxula. Claro está que, quando a ultima palavra do primeiro verso é aguda, a primeira do segundo Pode indiferentemente começar por qualquer letra, vogal ou consoante.
Fonte:Tratado de Versificação, 
de Olavo Bilac e Guimarães Passos
clique na imagem para acessar o link


Este, que um deus cruel arremessou à vida,
Marcando-o com o sinal da sua maldição,
— Este desabrochou como a erva má, nascida
Apenas para aos pés ser calcada no chão.

De motejo em motejo arrasta a alma ferida...
Sem constância no amor, dentro do coração
Sente, crespa, crescer a selva retorcida
Dos pensamentos maus, filhos da solidão.

Longos dias sem sol! noites de eterno luto!
Alma cega, perdida à toa no caminho!
Roto casco de nau, desprezado no mar!

E, árvore, acabará sem nunca dar um fruto;
E, homem, há-de morrer como viveu: sozinho!
Sem ar! sem luz! sem Deus! sem fé! sem pão! sem lar!


Olavo Bilac, in "Poesias"

No dia 02 abril de 2019 os comentários do Google+ 
em todos os sites serão excluídos
Estou salvando em imagem um por um:


Lindo soneto! É de um lirismo profundo; 
a sua linguagem chega a perscrutar 
o que está sentindo a nossa alma. Parabéns a poetisa!

8 comentários:

  1. Lirismo intenso! Sábia auto-análise amiga poetisa Janete Sales! Concordo plenamente. Feliz 2018. Que Deus nos abençoe.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite querido Amigo Escritor Eduardo! Agradeço a presença a iluminar minha noite!Uma honra. Amém para suas palavras, que Ele continue nos abençoando no ano que logo se inicia! Feliz 2018, volte sempre! Paz e Luz Abraço!

      Excluir
    2. Belíssimo, poetisa!
      Beijos
      Arlete.

      Excluir
    3. Bom dia querida amiga Arlete! Obrigada por iluminar minha manhã, fico feliz que apreciou...Um feliz 2018, com muita paz, amor e alegria...Volte sempre Bjs

      Excluir
  2. Lindo soneto!É de um lirismo profundo; a sua linguagem chega a perscrutar o que está sentindo a nossa alma.Parabéns a poetisa!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia querido amigo Reginaldo Rocha! Agradeço a presença, e palavras de estímulo... volte sempre, paz e luz!

      Excluir
  3. Respostas
    1. Bom dia! Que linda presença, obrigada linda poeta Antonia Diniz, volte sempre, Deus te abençoe. Abraços Poéticos

      Excluir