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domingo, 30 de novembro de 2014

O endereço é uma ilusão


Eu escrevo esta carta com um pranto sem fim...
O coração está pequeno quase sumindo dentro de mim!
Você se lembra das vezes que eu te peguei no colo?
Faz muito tempo, tanto, mas eu guardo estes momentos...
E se lembra das vezes em que eu enxuguei as tuas lágrimas?
Hoje as minhas caem, e são tão solitárias! Ninguém as enxuga!
Você se recorda de todo carinho que eu te ofertei?
Quando chorava nas madrugadas, o teu berço, eu balancei...
Você se lembra do meu contentamento ao te ver sorrir?
Hoje trago um olhar envelhecido e perdi o meu sorriso...
Uma visita do seu amor é o que eu mais preciso!
Olho a chuva fina que cai sobre a janela deste asilo...
É o pranto da vida, dizendo assim:
-Você foi esquecida pelo seu filho...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A mulher fortaleza que escondia a tristeza...




Ela tinha os olhos azuis...
Azuis da cor do mar
Um olhar tão cansado de chorar...
Tão triste, mas não revelava a tristeza!
Parecia a mulher fortaleza...
Quando dialogava nunca sorria
A vida havia roubado a alegria.
O que será que esta bela mulher escondia?

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sou um gladiador ferido...


Tateio o chão na ribanceira
Tento não ultrapassar a minha cegueira
Ceguei ao ver tantas lágrimas no espelho
Não encontrei ajuda, mesmo de joelhos!


terça-feira, 25 de novembro de 2014

domingo, 23 de novembro de 2014

Pensamento vinte e quatro para refletir:



Pensamento vinte e quatro para refletir:

Enjaularam a alegria e ela ficou sem ver os dias...
Ela apontou para o céu e disse que ainda era hora de sorrir!
Ela fez um cartaz para dizer a todos que estava ali...
Ela se vestiu de palhaço e deu cambalhotas...
Ela colocou o arco-íris no céu no meio da tempestade...
Ela fez o impossível para que o mundo a soltasse da jaula...
Foi em vão todo aquele esforço, pois ninguém a viu!
Então o inevitável aconteceu...
A alegria sentou no cantinho da jaula 
e nunca mais sorriu!

 Janete Sales Dany

Poesia registrada e imortalizada
na Biblioteca Nacional

No Livro com 46 página(s).
Título:
NA LUZ DA ALMA SEMPRE REINARÁ 
O EPICO SEGREDO! E OUTRAS
Página 42 Registro: 663567
Licença Creative Commons
O trabalho Pensamento vinte e quatro para refletir: de Janete Sales Dany está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Pensamento quatro para refletir:








O tempo corre para qualquer um de nós.
É ele que traz novas vidas.
É ele que nos leva embora...
O tempo não perde tempo,
 faz nascer e faz morrer...
É ele quem renova...
É ele quem nos mata! 

Janete Sales Dany

Poesia registrada e imortalizada 
na Biblioteca Nacional

Licença Creative Commons
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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Era noite de Natal em que os sinos batem além do normal...


Nina era uma menina de rua tão pobrezinha...
Que sonhava numa noite de natal...
Quando os sinos batem além do normal!
E ela olhava as vitrines coloridas, 

e em uma, uma bela bonequinha...
A bonequinha era lindinha, roupa colorida 

e os sapatos mais lindos ainda!
Só que Nina estava descalça, vestida de homenzinho...
A roupa que herdou do irmãozinho mais velho, 

um menino tão franzino...
Ah, como Nina gostaria de ninar aquela bonequinha...
E falava sozinha:
-Linda amiguinha, eu não tenho casinha, 

durmo na calçada, mas a noite é enluarada!
Posso pegar uma escada, subir no céu 

e roubar uma estrela encantada...
E assim vou te enfeitar...

As horas se passaram e o cansaço chegou...
Nina se deitou ali mesmo de frente a vitrine 

e começou a cochilar.
E logo o sonho veio visitar...
Sonhou que encontrou uma lâmpada, 

e de imediato, começou a esfregar.
E dela saiu um gênio que perguntou para a menina 

qual seria o desejo desejado...
Nina ficou contente, e já sabia qual seria o presente!


E disse:
-Eu quero esta bonequinha, para ser só minha amiguinha.


E o gênio respondeu:
-Toma, é sua! Agora, vou voltar para a lua!


Nina abraçou o presente com muita afeição
Os olhinhos brilhavam e não sabia como conter aquela emoção!
Batia tão forte o coração...

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Lobo que não pode uivar...



Sou lobo que olha o horizonte e desconfia...
Fui atrás do alimento para uma alma vazia
Encontrei meu inimigo e ele me atacou
Foi de surpresa que a vida me magoou

sábado, 15 de novembro de 2014

Não se chateiem com um mendigo...




Eu, um mendigo de rua...
Sei o que é o frio das madrugadas e a dor da fome...

Certa vez, o meu único alimento, era um copo de leite...
Eu tomava devagarzinho para saboreá-lo ao máximo.
Estava gostoso e aquecia aquele dia frio de inverno...

Mas meu coração bondoso ouviu um pedido de um menino:
-Moço me dá o que você está tomando!

Jamais negaria, pois sei o que é ter uma vontade impossível!


Estendi os meus braços fracos em direção daquela criança e
dei a minha única alimentação.
Depois fiquei olhando o menino se afastar...

terça-feira, 11 de novembro de 2014

domingo, 9 de novembro de 2014

A natureza chora no alto e chora no chão



Ninguém ouviu a voz da natureza nos trovões
Ninguém viu quando atingiram as baleias com arpões
Ninguém chorou quando o rio suplicou e quase secou
Ninguém viu a bituca de cigarro que queimou a floresta
Ninguém assistiu o suborno oferecido por gente desonesta
Ninguém se comoveu com a fome do mendigo na calçada
Ninguém se afetou com o olhar triste da criança abandonada
Ninguém pensou em consumir menos para aliviar a terra
Ninguém se manifestou ao ver outros países em guerra
Ninguém gritou por paz quando vomitaram o mal
Ninguém se apiedou com o trabalho escravo no canavial
Ninguém impediu o esgoto de se encontrar com o mar
Ninguém viu as fábricas jogando fumaças tóxicas no ar
Ninguém freou o perverso na venda de animais em extinção
Ninguém ao ver a fome pensou em repartir o pão
Ninguém chorou a morte daquela árvore ainda verde
Ninguém foi oferecer água para matar a sede
Ninguém barrou a maldade do preconceito voltado às etnias
Ninguém deu guarida às mulheres espancadas pela covardia
Ninguém viu o teste letal de um experimento científico
Ninguém ouviu o tiro da espingarda que matou o tico-tico
Porém a natureza sentiu e se entristeceu no céu da imensidão
Lágrimas solitárias e sem fim descem ao ver tanta ingratidão
Ela chora ao ver que o planeta terra está morrendo
A ganância de alguns, sufocam outros, que não estão vivendo!
Tem dias que desce a tormenta devastadora do elevado...
A ventania abre a prisão libertando o pássaro engaiolado
O mar avança destruindo aquilo que nunca foi alcançado
O ser humano neste momento fica desesperado
Vem o esquecimento de cada atitude excessiva...
As águas estão perturbadas e são agressivas...
É a natureza implorando para ser respeitada
Até parece nossa inimiga, mas é nossa aliada!
Quer chorar sobre as queimadas...
Chora no alto e chora no chão
A humanidade está surda, e cega...
Não tem compaixão!


Janete Sales Dany
Todos os direitos reservados
Poesia registrada e imortalizada 
na Biblioteca Nacional


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http://silviamota.ning.com/group/biopoesia/forum/topics/a-natureza-chora-no-alto-e-chora-no-ch-o?xg_source=activity

 Clique na imagem e então verá na Peapaz esta poesia,
na qual participei do grupo:

Biopoesia n° 3: O pranto solitário da Natureza

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Aprendendo a me conhecer



Eu já argumentei muito...
Comigo e com as outras pessoas...
Quis ouvir palavras que nunca vão existir
Quis cobrar de mim frases que não consegui emitir
Achei que a ultima palavra havia me machucado...
Porém não pensei, e fiquei achando que era a ultima vez
Quis ser algo para outro alguém e me fiz um ninguém
Quis ter um abraço impossível e assim não me abracei
Quis ser um lago visível e só o enchi com as lágrimas que chorei
Quis ser a estrada amada e no final me transformei num nada
Quis subir a montanha com alguém que fosse comigo
Mas não tendo, eu lastimei, e me transformei em meu inimigo!
E ao querer muito dos outros esquecia o que queriam de mim
Caminhos e desencontros; pretensões sem fim!
Amor exposto nos olhos, nas mãos e no coração...
Uns decifram com exatidão e outros não...
Ânsia de alcançar as estrelas e oferecê-las
Amor rasgando o peito e o âmago nunca fica satisfeito...
A dor de ver que o meu olhar não atinge o que quer alcançar
Já dormi chorando e aconteceu à ironia, sonhei que chorei...
Através das lágrimas aprendi a enxergar o que nunca enxerguei...
A vida é um horizonte desconhecido que vai me surpreender...
Sou um grão de areia neste infinito para entender...
Tenho errado muito, porém o meu amor supera os erros...
O que não compreendo em outros, nem eles compreendem neles...
Sou estátua que ainda não foi esculpida pelas mãos da vida!
Vi o inferno em pessoa e depois descobri que era um anjo iluminado.
Cegueira momentânea, pois julguei quando não deveria ter julgado!
Sinto um punhal atravessando o meu coração várias vezes
O tempo fará deste punhal um beijo ao enfrentar um novo ensejo
Quem nunca viu desabar um morro quando vê pede socorro
Porém ao ver cair algum sonho, aparece um medo medonho...
A vida me impulsiona para novos obstáculos, e cresce a humildade.
Afinal, sou insignificante, perante a eternidade...
Ser diferente é um passaporte para sofrer um preconceito
Meu Deus me dê forças para suportar a dor no peito
Que eu não arrede o pé quando estiver com a verdade...
Matar o que está vivo na minha personalidade é perder a liberdade!
As lições virão, e estão abrindo janelas, para que eu me afaste da ilusão!
Hei de andar com as mãos repletas de luz pelo caminho do meu viver
Hei de entender, que cada afronta que a vida me impuser, é um teste de fé...
E cada irmão que se negar a olhar nos meus olhos é um pedido de amor
A semente debaixo da terra se esconde, e depois se abre em flor!
Transição sofrida, pois ela se rasga para se mostrar para a vida...
Pode ser que aquele que não me olha é uma semente escondida!
Vejo o galho de uma rosa frondosa nele há vários espinhos
O ser humano às vezes machuca, mas sabe dar beijos e carinhos!
Benditas as rosas, até mesmo com os espinhos a florir o meu caminho...
A chave que nunca entrou numa porta todo mundo pode ter
É a descoberta mais valente que existe; é aprender a se conhecer...

Janete Sales Dany 
Poesia registrada na Biblioteca Nacional



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